PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO e-Fólio A | Turma: 11032E10_06 Nome do aluno: Francisco José Oliveira Santos Estudante nº 800323 |
1. Charles Darwin foi um cientista do século XIX (1809 – 1882), nascido na cidade de Shrewsbury, em Inglaterra, no seio de uma família abastada, pois seu pai, o Dr. Robert Darwin, era um físico distinto daquela época. Criado no campo, cedo o interesse pelas plantas e animais o fascinou.
Apesar de poder viver apenas da fortuna da família, o pai de Darwin aconselhou-o a ter uma profissão, e então, Charles Darwin a conselho e desejos do pai, ingressa em 1825 no curso de medicina da Universidade de Edimburgo. Decorridos dois anos, Darwin desiste do curso por falta de vocação. A conselho de um professor e pressionado pelo pai, ingressa num curso de teologia na Universidade de Cambridge, mas nunca abandona os seus estudos em entomologia e da natureza.
Fascinado pela natureza, deixa uma carreira eclesiástica, que nunca optou, e parte como naturalista a bordo do navio Beagle, numa missão pela América do Sul, por um período previsto inicialmente de dois anos, mas que se prolongou por cinco anos, de onde recolheu espécies de flora e fauna ainda desconhecidas no velho continente europeu.
Foi através desse manancial de amostras biológicas, quer animais ou plantas, que Charles Darwin através dos seus apontamentos manuscritos inicia a teoria da evolução das espécies, onde mais tarde, em 1854, publica essa teoria em livro intitulado “Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Existência”. Para além desta primeira publicação, outras se seguiram apoiando outras teorias nomeadamente, a seleção natural e a artificial das espécies.
Morreu aos setenta e três anos de idade, na companhia da sua mulher e de dois dos seus filhos, deixando um legado relevante à humanidade de enorme valor científico, pois as suas ideias foram revolucionárias para a época como um pensamento deveras original. Assim concordaram alguns conceituados pensadores e cientistas da época, nomeadamente Gesell, Piaget, quando através das teorias darwianas a psicologia do desenvolvimento amadurece influenciada pelas suas principais ideias:
1. Continuidade evolutiva dos seres vivos. Uma vez que o comportamento humano e dos outros animais têm aspetos idênticos, e sendo o Homem um produto da evolução, o comportamento animal, estudado por Darwin, torna-se uma ferramenta bastante útil para a compreensão do comportamento humano.
2. Ênfase no funcionamento da mente. Sendo mais importante saber o modo como a mente funciona, do que saber a sua estrutura, é fundamental a psicologia se preocupar mais com as funções da consciência do que com a análise do seu conteúdo.
3. Foco nas diferenças individuais. Sabendo haver na mesma espécie variações entre os membros, há um interesse em estudar a forma como as pessoas se diferenciam uma das outras.
4. Ampliação das metodologias da investigação, utilizando a observação naturalista. Para estudar as emoções, Charles Darwin estudou o comportamento emotivo dos doentes mentais, bem como dos exploradores que fizeram observações antropológicas em sociedades tribais, bem os seus próprios filhos, ou outras pessoas que reagiam emocionalmente.
Resumindo: Embora Charles Darwin ao publicar em 1872 “A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais” não tivesse intensão de fazer investigação diretamente para a psicologia, deu indiretamente um grande contributo a psicólogos que abriram o caminho para o estudo da psicologia do desenvolvimento humano, pois, assim como as espécies ao longo dos tempos sofrem uma evolução, a mente e o comportamento humano também sobrem ao longo da vida dos mesmos um desenvolvimento, desde o nascimento até à morte.
Bibliografia consultada:
Texto 2, A natureza do Desenvolvimento Humano, Universidade Aberta, Psicologia do Desenvolvimento - 2011, Adaptado de A. Costa & J. Geraldes, Psicologia, 2005
2. A sessão de formação sobre a importância da psicologia do desenvolvimento na educação, que irei planificar será subordinada ao tema, “Psicologia de Desenvolvimento na Infância “.
Esta sessão de formação é destinada principalmente a todos os Técnicos e Auxiliares Educadores de Infância, no entanto, também dirigida a todos os pais e respectivos tutores.
Procurarei ser breve, claro e sucinto na mensagem que pretendo transmitir dentro do tema proposto, e para isso, a sessão não deverá ultrapassar os 20 minutos.
Esta sessão tem como objectivos observar e tentar compreender os comportamentos da criança mediante diversos factores típicos desta fase etária como a birra, a excessiva curiosidade, a sua dependência, a sua ingenuidade, o ser verdadeira, os seus medos, etc..
Para elaborar esta sessão de formação irei socorrer-me de meios electrónicos, nomeadamente o uso do computador, criando por exemplo uma apresentação no PowerPoint, ou com outra ferramenta similar, bem como, recorrendo também, ao uso de um videoprojector digital como meio auxiliar do computador.
Para que haja uma certa harmonia e interação entre o público assistente e o apresentador, procurarei, como metodologia de trabalho, criar uma certa aproximação e familiaridade com os participantes de forma que a formação não se torne massuda, distante e pouco atrativa. Para isso, apenas colocarei na apresentação os tópicos necessários do tema a abordar. Depois, por cada diapositivo apresentado entrarei em conversa com os participantes de forma a interroga-los para determinadas questões, fazendo com que os mesmos se tornem mais participativos.
Para elaborar o tema proposto começarei por:
- No primeiro diapositivo, em forma de apresentação, colocar um pequeno vídeo em que mostre o nascimento de uma criança, passando esta pela primeira fase da escolarização até à fase da adolescência.
- No segundo diapositivo, elaborarei uma pequena resenha acerca da vida e das teorias evolucionista do grande naturalista, Charles Darwin. Aqui, procurarei explicar o quanto foi importante as ideias evolucionista, deste cientista, para o estudo da Psicologia do Desenvolvimento humano, tal como nos refere Tavares,
“No século XIX, Charles Darwin, segundo a perspectiva evolucionista, ao estudar as diferenças e semelhanças entre o animal e o ser humano, chama a atenção para a pertinência dos estudos sobra a infância. A partir de então esta etapa passa a ser perspectivada de outra forma, sendo-lhe atribuído um significado cada vez mais relevante no ciclo de vida humana.” (2007, p. 43)
- No terceiro diapositivo, abordarei uma pequena síntese sobre Jean Piaget, epistemólogo suíço, que formulou a Teoria Cognitiva no ser humano onde destacarei os seus quatro estágios: sensório-motor; pré-operacional (pré-operatório); operatório concreto; operatório formal.
- No quarto diapositivo, versarei o tema sobre o desenvolvimento psíquico da criança nos primeiros dois anos de vida quanto ao seu desenvolvimento físico e sensorial, pois, tal como nos diz Tavares, “Neste período, o bebé sofre importantes e aceleradas modificações, tais como gatinhar, sentar, andar e falar” (2007, p. 44). Falarei também, sobre o desenvolvimento cognitivo e da linguagem, “Nesta fase, a cognição – processo que envolve esquemas mentais, tais como a inteligência, aprendizagem, memória, linguagem, factos e conceitos – adquire um papel fundamental na adaptação da criança ao meio em que se envolve” (TAVARES, 2007, p. 44). Nesta fase, por fim, abordarei o desenvolvimento psicossocial, em que, “Com dois anos de idade, aproximadamente, a criança já tem esboçado um conjunto de respostas perante o contexto social e cultural em que se integra, para começar a formar o que se designa por personalidade.” (TAVARES, 2007, p.49)
- No quinto diapositivo, abordarei o período pré-escolar (dos 2 aos 6 anos de idade). Tal como nos diz Tavares, “A criança pré-escolar não adquire apenas mais capacidades e informação, como também passa por mudanças significativas na forma como pensa e atua. ... Neste período de tempo, a generalidade das crianças passa a maior parte do tempo a brincar, adquirindo novas capacidades, ideias e valores cruciais para o seu desenvolvimento.” (2007, p.51). Neste diapositivo também referirei o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial da criança, nesta fase etária.
- No sexto dispositivo abordarei o período escolar (dos 6 aos 11-12 anos). Segundo Tavares, “O raciocínio moral e o comportamento da criança nesta fase atingem um patamar onde o que é certo parece claramente distinto do que é errado, sem a ambiguidade e os frequentes conflitos que complexificam esta distinção na adolescência.” (2007, p.58). Desenvolverei neste diapositivo os aspectos relacionados com o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.
- Sétimo e último diapositivo, resumirei a importância que a infância representa para o desenvolvimento humano nas três fases (os dois primeiros anos de vida, o período pré-escolar e o período escolar) daí que, “Piaget, Freud e Erikson consideram-nas etapas fundamentais no desenvolvimento humano pelas aquisições cognitivas e sociais que desenvolvem” (TAVARES, 2007, p.63)
Bibliografia consultada:
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.
